Estava fazendo frio, aquela noite, começava finalmente o
inverno, dando as caras e marcando presença. Quando ela saiu de casa, apenas saiu
não se arrumou, como a maioria das mulheres, nem reparou no tempo lá fora. Na
rua nem sentiu uma fina garota que caia e muito menos que esta tocava sua pele
ressecada pelo sol, pela vida, ou pelos dois.
Não percebeu que caminhava tanto que sua casa, já se perderá
no espaço, só sabia que queria chegar, queria sair da inercia, se soubesse ela
que estava em tal condição.
Avista um prédio e de uma maneira estranha sabe que deve
entrar, mais que isso, ela quer entrar. Sobe as escadas depressa, o tempo que a
poucos minutos nem existia, agora corre e corre depressa a forcando a tropeçar
nos seus próprios pés, de repente ela para, um instinto faminto a faz olhar
para uma porta no final do corredor. O medo que nem existia a pouco, agora a
corta feito uma navalha afiada e causa um estrago por dentro, não tem coragem
de andar até a porta, força o pé e consegue dar um ou dois passos. Um turbilhão
de pensamentos a toma, a consome, era melhor esta inconsciente como a pouco
tempo atrás, o ar sumiu, sentimentos que não tinham nome invadiram sua alma.
Saiu correndo de lá,
veloz, tropeçava de novo nos pés, ate sair do prédio, até apagar a imagem
daquela porta que abriu sua mente, queria esquecer.
Chovia lá fora, agora, com gotas espessas, a molhava por
completa, e esfriava sua mente, seu coração, já se esquecerá de onde estava, já
esquecerá quem era e para ela era melhor assim.
4 PARA comentar:
nossa, supreendente heim
Sigo-te, Nathy. Venho até à tua porta e bato sem medo: minhas neuroses não são tão antissociais assim. E entro, para agradecer teu convite e retribuir tua visita. Abraços.
Triste e lindo
Um beijo!
hoje consegui te seguir =)
peço licença pra estar no seu espaço
bj
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PARA quem passar! Obrigada