diHITT - Notícias PARAneura: agosto 2012
sexta-feira, 10 de agosto de 2012 7 PARA comentar

PARA quem te quero monogamia



Lendo O Morro Dos Ventos Uivantes,  em meio a madrugada.......

De repente minha amiga entra no quarto , senta na beirada de minha cama e me pergunta.

---Será que encontrarei algum homem que faça de mim única? Quero um amor sem traição, monogâmico.

Ainda estou a pensar nisso...... E abaixo meus pensamentos bagunçados, errados, sem começo e sem fim, sem certeza , nem  clareza, mais certos de que saíram de mim.


Pela definição  

A monogamia acontece quando um indivíduo só tem um único parceiro durante um determinado período (monogamia em série). Este termo usa-se também para referir a existência de um único parceiro sexual durante toda a vida de um indivíduo.


Quando criança sonhei com um príncipe que me jurou o eterno e matou dragões pelo meu amor.

Hoje fala-se em pesquisas que apontam alto índice de infidelidade para ambos os sexos, as correntes defensores da união monogâmica, a moralização das relações a três, a quatro e por ai vai. Estamos no tempo das reflexões e também do fazer.

Nessa mistura penso nos significados das palavras, para que servem hoje em dia?

Não há definições precisas para palavras como traição, amor, fidelidade, nem muito menos, uma ordem para que tais palavras se apresentem pela vida.

Há casais que dividem o amor, há casais que amam mais de 1, há casais que apenas amam 1 ou ainda que se quer amam alguém.
É imposta a ordem de dois, quebra-se a lei no breu, no escuro, mas penso
" Como a lei quebrou, se ainda são dois, ainda estão a dois."
Ele sai de casa e a deixa na sala, enquanto desce as escadas, retira a aliança, da trégua ao acordo e sobe outras escadas, no reflexo dos espelhos avista carne, prazer, delírios, alegria, amor...... quem sabe, não sei, penso  nas suposições, a resposta não está em mim, mas nele.


Alguns dizem que é o fim dos tempos, não se permite, o jugo social oferece uma pitada de moral, honra e sexo virtual

Ela espera Ele dormir e os dedos percorrem além de outras coisas, o teclado do computador, pela tela, o físico domina um contexto em que o imaginário criou, Ela nem desceu as escadas, foi para a mesinha dele, no escritório dele, enquanto ele dormindo sonhava em descer as escadas ou não, ninguém sabe, era o sonho dele.


Remédio para aqueles que sofrem de monogamia, o ato de amar mais e de não ter posses de gentes, de vidas.

Ele sai de casa e a deixa na sala, Ela o olha e sabe pra quem ele vai, desce as escadas e encontra aquele que a tirará da sala, sobe outras escadas entrega sua porção inteira de carinho, amor, lascívia e volúpia, sem se preocupar com o que sobrar, pois deixará ela cheia e quando voltar para casa saberá que sua outra parte também está cheia saciada por outro.

Os santos se repugnam e as beatas choram de joelhos.

Fala-se de família e dizem  do relembrar de um tempo em que a monogamia era fato, um fato montado, empurrado e enfeitado, mas fato.

E tentam encontrar o impossível possível amor eterno e terno.

Ele sobe as escadas e a vê na sala, são anos assim e por mais repetitivo que isso seja, sua vontade é sempre subir as escadas, Ele e Ela tem convites para descer os degraus, mais pra que descer, se eles juntos estão no céu e se a vontade de estar perto, brigar e se amar, sucumbe os corpos dos outros tanto no breu dos morais, quanto na luz dos morais também e porque não.


Se pode amar democraticamente no claro e no escuro, com consentimento de dois, de três, ou sem o consentimento também, pode-se amar demais e também não amar ninguém, pode estar em dois para uma vida toda e por uma ou 2 noites, estar em companhia de mais um para formar um três.

Nesta soma de dois, três , quatro ou mais, tudo é permitido, trair o outro, trair mais de um e trair a si mesmo também.

Fidelidade é quase igual infidelidade, duas letras dão significados diferentes a mesma base, é o prefixo, é o que vem antes, é o que separa.

Dois pode ser a medida certa ou não , o que vem antes, pode definir como será depois.

Eu não quero determinar como será e nem o que me trará mais felicidade, como Cazuza cantava:

“Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida”

E o que me importa se já esteja mordida, o sabor da minha prova, será meu, será fiel a mim.

Amores eternos, amores fieis!! Bonito, mais prefiro amores felizes, seja com o in ou sem o in, mas que os dois, três ou mais estejam felizes.

Desejo um amor meu, sim desejo, mas que seja livre para que quando voltar , eu saiba que é meu porque quer ser meu, seja no claro, seja no breu.

Ainda pensando, penso em mim. O que quero como mulher? 
Um amor único como minha amiga, dois amores como o de Catherine do livro que lia?

E me confesso uma romântica.

Procuro 1 que seja,
SEJA IMPAR!
E que o amor não faça bem a dois, mais que faça bem aos que nos amam também,  que seja multi colorido, porque um arco -iris não é feito só de duas cores, nem uma flor de duas pétalas, nem um céu estrelado de duas estrelas. Que não seja moral, amoral, ético ou antiético , mas que seja amor! Seja em que quantidade for. Temos ainda um infinito 

                                            INCONTÁVEL!
 
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