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quinta-feira, 26 de julho de 2012

PARA uma manhã de sábado


Pensei nas horas que viram séculos em alguns instantes para escrever esse texto, mas eram poucas letras para tantos sentimentos, esse espaço em branco que nunca está cheio me motiva a sentir mais, nas linhas que  você lê, poderá sentir pedaços, poderá sentir o nada,  mas poderá chegar a conhecer o Tudo de hoje, porque o Tudo de amanhã ainda está para ser escrito. ELA do meu texto anterior teceu ELE e pela sorte ou pelo destino ELES se encontraram, vida real, sonho, não importa, o que importa é o que já foi escrito!


Dedico esse texto para Moacyr Anício!


“ E encantado com tanta beleza caiu de joelhos e proclamou “Je crois en Dieu”.
 GUIDO THOMAZ MARLIÉRE

Os dois se esperavam, em noites sem luar desenhavam no breu do céu o encontro de duas almas. Eles queriam dançar, suas almas soltas, leves e alvas, nos encontros de uma noite, nos encantos de minutos momentos.
ELE lhe dava flores nas despedidas, para que o perfume delas acalentassem suas narinas e fizesse repouso no leito DELA até a sua volta, DELA vinha o encantamento e a vontade DELE estar parado no SEMPRE.
ELE colhia as flores que ninguém viu, porque quando a via, tudo mudava, seu corpo já não era seu e podia enfim descansar os olhos naquilo que amava.
ELE esperava o tempo passar, porque só podia esperar o tempo DELA chegar.

ELA lhe dava estrelas nas despedidas, para que o brilho delas iluminasse o chão, através do brilho pudesse ver por mais tempo o rosto daquele que a despetalava com amor.
 ELA lhe abria a porta, e lhe dava os sorrisos mais bonitos, os desejos mais íntimos, a nota de uma canção para os próximos 300 anos, no seu corpo estava um futuro a dois.
ELA esperava o frio passar, pois nos dias quentes, esperava seu amor chegar.

TEMPO

 tempo

 ESTRADA  

 caminho

LÁGRIMA 


 perdido
 espera
 NOVO
 tempo
 TEMPO


E assim como as letras correm no papel, o tempo foi cortando atalhos e contando os dias, o vento bravo jogou por cantos as flores DELE  e as estrelas DELA.
O pedido que se pensou estava guardado nas lembranças felizes de um dia que não chegou, mas eles ainda pediram  resposta ao destino, uma serena lágrima laçou o pedido que trouxe uma manhã.

 Um lago e perto dele um velho banco, era manhã, era sábado...
Um dia em que o tempo se deu a eles, ELA viu suas estrelas nos olhos dele, ELE viu suas flores na pele dela. E não houve poema mais bonito que o abraço, não houve momento mais gostoso que o agora, não houve tecido mais rico, do que aquele que os envolvia, um desenho de Deus, uma tatuagem nas entranhas, foi fácil desejar a chegada do amor.
Um encontro, duas vidas e um balé de adoecer de paixão, a enfermidade do amor, o perecer de desejo. Aquilo que não existia, se manifestou em carne e o destino deu mais linhas para o verso.
O silêncio já não calava mais a voz impar do estar perto, entre mil e uns ELES estavam juntos se deleitando de um breve sentido de amar e o tempo lhes apresentou o SEMPRE, o ETERNO do instante. No toque os sentidos que se aguçavam, no beijo o arrepio pueril e tímido fazia dançar.        

 Já não estavam sozinhos, eram um só e as flores, as estrelas, era a chama ardente, era a promessa de cores novas a cada olhar, era o caminho de flores iluminado pelo brilho das estrelas.
E se o estio derreter o que virá, ELA saberá que o destino cumpriu sua reza e que fez de seus sonhos o presente e ELE saberá que o tempo o acariciou com o parar das horas, só para ELE usar o verbo amar

Do futuro, o amanhã conduz, mas do agora                                                                                                era ELE  para ELA , ELA para ELE , enfim... SEMPRE, com TUDO.!!   Em Jacroá!

1 PARA comentar:

R. R. Barcellos disse...

O sábado está chegando. A ponte do tempo que conduz do sonho à realidade, transpondo o abismo da espera, está quase pronta.

Beijos.

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PARA quem passar! Obrigada

 
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