Dedico esse texto para Moacyr Anício!
“ E encantado com tanta beleza caiu de joelhos e proclamou “Je crois en Dieu”.
Os dois se esperavam, em noites sem luar desenhavam no breu do céu o encontro de duas almas. Eles queriam dançar, suas almas soltas, leves e alvas, nos encontros de uma noite, nos encantos de minutos momentos.
ELE lhe dava flores nas despedidas, para que o perfume delas acalentassem suas narinas e fizesse repouso no leito DELA até a sua volta, DELA vinha o encantamento e a vontade DELE estar parado no SEMPRE.
ELE colhia as flores que ninguém viu, porque quando a via, tudo mudava, seu corpo já não era seu e podia enfim descansar os olhos naquilo que amava.
ELE esperava o tempo passar, porque só podia esperar o tempo DELA chegar.
ELA lhe dava estrelas nas despedidas, para que o brilho delas iluminasse o chão, através do brilho pudesse ver por mais tempo o rosto daquele que a despetalava com amor.
ELA lhe abria a porta, e lhe dava os sorrisos mais bonitos, os desejos mais íntimos, a nota de uma canção para os próximos 300 anos, no seu corpo estava um futuro a dois.
ELA esperava o frio passar, pois nos dias quentes, esperava seu amor chegar.
TEMPO
tempo
ESTRADA
caminho
LÁGRIMA
perdido
espera
NOVO
tempo
TEMPO
E assim como as letras correm no papel, o tempo foi cortando atalhos e contando os dias, o vento bravo jogou por cantos as flores DELE e as estrelas DELA.
O pedido que se pensou estava guardado nas lembranças felizes de um dia que não chegou, mas eles ainda pediram resposta ao destino, uma serena lágrima laçou o pedido que trouxe uma manhã.
Um lago e perto dele um velho banco, era manhã, era sábado...
Um dia em que o tempo se deu a eles, ELA viu suas estrelas nos olhos dele, ELE viu suas flores na pele dela. E não houve poema mais bonito que o abraço, não houve momento mais gostoso que o agora, não houve tecido mais rico, do que aquele que os envolvia, um desenho de Deus, uma tatuagem nas entranhas, foi fácil desejar a chegada do amor.
Um encontro, duas vidas e um balé de adoecer de paixão, a enfermidade do amor, o perecer de desejo. Aquilo que não existia, se manifestou em carne e o destino deu mais linhas para o verso.
O silêncio já não calava mais a voz impar do estar perto, entre mil e uns ELES estavam juntos se deleitando de um breve sentido de amar e o tempo lhes apresentou o SEMPRE, o ETERNO do instante. No toque os sentidos que se aguçavam, no beijo o arrepio pueril e tímido fazia dançar.
Já não estavam sozinhos, eram um só e as flores, as estrelas, era a chama ardente, era a promessa de cores novas a cada olhar, era o caminho de flores iluminado pelo brilho das estrelas.
E se o estio derreter o que virá, ELA saberá que o destino cumpriu sua reza e que fez de seus sonhos o presente e ELE saberá que o tempo o acariciou com o parar das horas, só para ELE usar o verbo amar
Do futuro, o amanhã conduz, mas do agora era ELE para ELA , ELA para ELE , enfim... SEMPRE, com TUDO.!! Em Jacroá!
1 PARA comentar:
O sábado está chegando. A ponte do tempo que conduz do sonho à realidade, transpondo o abismo da espera, está quase pronta.
Beijos.
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PARA quem passar! Obrigada